terça-feira, 29 de dezembro de 2015

[Resenha] A Bibliotecária de Auschwitz

Livro: A Bibliotecária de Auschwitz
Autor: Antonio G. Iturbe
Ano: 2014
Editora: Agir
Números de página: 368



"Muitas histórias do horror e sofrimento testemunhados dentro dos campos de concentração nazistas são contadas e recontadas, já estão gravadas e arquivadas. É difícil, nesses relatos, encontrar atos de esperança e força diante de todo o mal registrado durante o Holocausto. 'A Bibliotecária de Auschwitz' é um livro diferente. É uma história verdadeira e cheia de detalhes a respeito de um professor judeu, Fredy Hirsh, que criou uma escola secreta dentro do bloco 31, no campo de concentração de Auschwitz, dedicando-se a lecionar para cerca de 500 crianças. Criou também uma biblioteca de poucos volumes com a ajuda de Dita Dorachova, uma menina judia de 14 anos que se arriscava para manter viva a esperança trazida pelo conhecimento e escondia os livros embaixo do vestido. É um registro de uma época sofrida da História, mas que também mostra a coragem de pessoas que não se renderam ao terror e se mantiveram firmes usando os livros como 'arma'. "


Olá Amantes de livros tudo bem?
Gente, eu já olhei pra esse livro várias vezes e tenho certeza que não conseguirei fazer uma resenha a altura do quanto esse livro merece! Precisa ser lido por tooodos! Eu sou fascinada pela história de Israel, (como se vocês não soubessem rsrs) já vi filmes e documentários sobre o holocausto que me fizeram chorar, lógico, mas esse livro superou os que eu já visto lido sobre esse assunto...


O livro nos apresenta Dita Adlerova, uma menina esperta de 14 anos, sua aparência magra “das pernas finas” não parece ter a idade que tem, no entanto, sua mentalidade vai além da sua idade. Dita juntamente com seus pais: Hans e Liesl, e milhares de judeus foram expulsos de suas casas em Praga, e levados a Auschwitz, o campo de concetração maior e mais temido. Lá, ela conhece Fredy Hirsch, o responsável pelo bloco 31 que conseguiu convencer os alemães de que entreter as crianças naquele pavilhão faria com que os pais trabalhassem melhor para os oficiais da SS. O que os oficiais não sabiam é que em meio aquelas atrocidades, livros eram abertos e seus ensinamentos eram repassados para os pequeninos que atentamente ouviam e entendiam as histórias e sabiam exatamente como se portar diante dos soldados, eles não diziam nada do que acontecia lá dentro, pois os livros eram considerados como um arma para os oficiais do SS, eles queimavam e se alguém fosse pegue com livros seu destino seria a morte.
"Os livros: São muito perigosos fazem pensar.(pág.13)"
Dita sempre muito corajosa, ocupa o cargo de bibliotecária, oito exemplares de livros, uns bem destruídos, mesmo assim ela cuida deles cheia de carinho, pois sabia que se os alemães os odiava, era porque os livros eram uma ameaça para eles.
Não somente os livros mais os próprios Judeus, essa raça que os alemães queria destruir, gentes fracas que tantos eles humilhavam, mas na verdade eles eram mais fortes que os alemães, pois nos alemães havia ódio e nos Judeus havia o perdão.

“Hirsch permanece rígido como o mastro de uma bandeira. Não vai perder a oportunidade sequer de demonstrar com qualquer gesto por menor que seja, a fortaleza de um Judeu. Está convencido de os judeus são muito mais fortes do que os nazistas, e por isso estes os temem. Por isso querem exterminá-los.”(Pág. 24)”
“Vemos os nazistas com seus armamentos modernos e uniformes reluzentes. E acreditamos que são poderosos, invencíveis até. Não, não se enganem. É uma carcaça. Eles não nada. Nós não estamos interessados em brilhar por fora. Queremos brilhar por dentro. Isso no final, nos fará vencedores. Nossa força não está nos uniformes e sim na fé, no orgulho e na determinação.”(pág.89)
Gente tem tanta frase comovente, só sabe lendo, se eu fosse falar dos sofrimentos que essa obra nos mostra, seria spolier, mesmo assim, não seria tão rica minha descrição! Me afligi muito junto com os personagens, chorei como criança... e o que dizer do professor Morgenstern, reservado, preferiu ser taxado como louco pra não se envolver muito, falava pouco mas quando as palavras saiam eram de extrema sabedoria e pra mim era o mais lúcido e o meu preferido juntamente com a Dita. Entre esse outros personagens cativantes que ajudaram Dita. Sua mãe Liesl (que fez de tudo para não desamparar Dita enquanto estavam lá dentro), sua amiga Margit, seus professores Ota e Miriam, dentre outros. O romance oculto do soldado SS com uma jovem judia mostra que o amor verdadeiro rompe barreiras, mesmo com tudo dizendo que não vai dar errado, mesmo ela se odiando por trair o próprio sangue e sendo odiada e ele tendo a própria vida por sacrifício. Sinceramene nunca vio tanta emoção de diversas formas em um único livro.



Agradeço ao autor Antonio G. que foi tão específico e minucioso nesse trabalho, ele conversou com a própria Dita Adlerova, hoje uma doce velhinha, ele visitou a antiga fábrica de matar Judeus, e conseguiu passar para nós uma narrativa surpreendente. 
Apesar do livro trazer relatos de tristezas, perdas e muito sofrimento. Traz também relatos de determinação, sobrevivência, fé, esperança e amor. Dita nos ensina a ter fé. Dita nos prova que “livros são capazes de nos transportar para longe e fazer embarcar no vagão de outras vidas”. Também senti isso lendo esse livro E espero que haja curiosidade e interesse para todos lerem esse livro e conhecer a pequena guerreira Dita Adlerova.





5 comentários:

  1. Também amei esse livro. Sou fascinada em livros sobre nazismo e que conta o que se passou nos campos de concentração. Especialmente quando se é fato real como esse livro. Já li também o menino do pijama listrado, também é lindo. Comprei a pouco tempo o diário de Helga.

    ResponderExcluir
  2. Quero muito ler o livro, apesar de não gostar de livros que lembrem a guerra (acho muito triste) mas me interessa pelo contexto histórico e pelo fato de ser bibliotecária porque eu também sou :D
    Adorei as fotos!

    Beijos,
    http://livrosentretenimento.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim, a história é muito triste chorei rios, mas a força de vontade que eles tinham para permanecerem vivos sob quase nenhuma perspectiva é impressionante, um exemplo de superação! Dsclp a demora da resposta eu estava tento problemas com o pc! Obrigada pelo comentário fiquei muito feliz!

      Excluir