terça-feira, 24 de maio de 2016

[Resenha] O Príncipe da Névoa

Livro: O Príncipe da Névoa
Autor: Carlos Ruiz Zafón
Ano: 2013
Editora: Suma de Letras
Números de página: 180

Romance Juvenil #01






"A nova casa dos Carver é cercada por mistério. Ela ainda respira o espírito de Jacob, filho dos ex-proprietários, que se afogou. As estranhas circunstâncias de sua morte só começam a se esclarecer com o aparecimento de um personagem do mal - o Príncipe da Névoa, capaz de conceder qualquer desejo de uma pessoa, a um alto preço."




Olá a todos!
Esse é o primeiro livro que leio do Zafón e faz parte de uma trilogia de romances 'juvenis', que inclui também O Palácio da Meia-Noite e As Luzes de Setembro, minhas próximas leituras rs...
Então a história acontece no período da guerra no ano de 1943 quando Maximilian e Andrea Carver com seus três filhos Alícia, Max e Irina resolvem sair da capital e se mudam para uma pequena comunidade litorânea. Lá eles se instalam numa casa antiga que a muito tempo está desabitada, antes de chegarem a casa, Irina a filha mais nova encontra um gato sinistro perdido na estação e convence seus pais a ficar com o animal. A casa está empoeirada e depois de uma geral eles enfim se acomodam com as mais diversas expectativas sobre o novo lar. Esse lar no entanto esconde mistérios e sombras do passado rodeiam o ambiente.

“O relógio não estava desregulado; funcionava perfeitamente, mas com uma peculiaridade: andava para trás.”                                                

Os moradores do vilarejo contam a Maximilian a infelicidade de um casal que viveu ali: eles não podiam ter filhos (por causa de um pacto antigo que o marido fez e este mantinha sem o conhecimento de sua mulher) quando finalmente conseguiram terem uma criança, esta veio a falecer com  2 anos de idade, desgraçando a vida dos pais.


“E nada tem tanta força quanto uma promessa.”

Alícia, a filha mais velha, antes de morar nessa casa, teve vários pesadelos e a moradia não lhe agradou. Max, certa vez percorrendo os arredores da casa descobre um jardim com estátuas estranhas dentre elas um palhaço soturno nos fundos da casa, todos integrantes de uma trupe de circo feitos de pedra com um símbolo estranho como marcação. A pequena Irina ouve ruídos e teve um acidente muito grave dentro da própria casa.

“O tempo, meu caro Max, não existe: é uma ilusão.”

Max conhece um amigo, Roland, que convida Max a conhecer os pontos principais do local, inclusive um farol cujo proprietário é seu avô, um senhor idoso que mantem total vigilância no mar desde que o barco em que ele quando jovem viajava naufragou. Max apresenta sua irmã a Roland e eles se aventuram em mergulhos de exploração no barco afundado.

A história se entrelaça com esses quatro últimos personagens, eles são os principais, Zafón desenrola uma trama cheia de suspenses, perigos e a presença de um sobrenatural que é o causador de todos os mistérios. Sendo um livro juvenil o autor não economizou cenas de ação e um breve romance ainda dá tempo de acontecer, o que mais gostei entre os personagens é a forma carinhosa como eles se tratam, todos unidos e em busca de um mesmo objetivo, o bem estar de todos é a principal busca.

Apesar do início ter sido demorado, foi compensado com os detalhes muito bem descrito por sinal, só que no clímax da narração houve um contraste, foi rápido demais, teve pouco espaço para o desenvolvimento dos acontecimentos ficando um pouco a desejar mais páginas.


O final me entristeceu, não foi como EU quis, fiquei chateada com Zafón então tirarei uma estrelinha desse romance (por birra!) mas como escritor iniciante está de parabéns pois houve uma mistura especial de gêneros pois o mesmo envolve terror, romance, drama, ação, fantasia, mistério, suspense,  mas que no final dá muito certo.

 O livro, inclusive, foi premiado no primeiro concurso literário do qual participou mostrando assim que o autor demonstra com habilidade um estilo pessoal e inconfundível.

A edição da Suma das Letras traz uma capa linda (pois chamou minha atenção - o farol rsrs) que faz total sentido com o contexto da história, a cor das páginas, diagramação, tamanho das letras tudo bem organizado  proporcionam uma leitura confortável, as ricas descrições em cada capítulo dão um toque suave e especial à obra.
E vocês? Já leram alguma obra do Zafón?
Quais? Comentem!
Bjs!


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